segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Férias a Norte - Parte IV

Pontevedra, uma agradável surpresa. 

Cidade plana, amiga dos peões, apresenta um centro histórico razoavelmente bem conservado. Espaços públicos de excelência, que fomentam vivências intergeracionais. 
Também é conhecida por ser uma das cidades onde passam os peregrinos que se dirigem até Santiago de Compostela.






Eu, aos olhos de Filipe Reis Oliveira

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Oferta de Renato Palmuti

No dia 29 d julho, Torres Vedras teve a sorte de receber Renato Palmuti, onde orientou um extraordinário workshop de desenho e aguarela. Para além de ter tido o privilégio de conhecer a excelente pessoa por de trás do génio, tive a sorte de ser brindado com este excelente registo feito pelo Renato, durante uma das demonstrações. 




Obrigado Renato

domingo, 16 de setembro de 2018

Férias a Norte - Parte III

26 de agosto, último dia em Guimarães
 A primeira paragem foi o Largo do Toural, para desenhar um "lugar comum" - a famosa torre "Medieval", que relembra a todos "Aqui nasceu Portugal". Não sei se foi aqui que nasceu a nação, mas creio que foi aqui que nasceu um conceito de reabilitação urbana integrada que me agrada. è perfeito? longe disso, mas está bem à frente da média nacional.

Passámos pelo centro, sem paragens, para recomeçarmos onde tínhamos acabado no dia anterior - junto ao Castelo. Entre o edifício Militar e o Paço dos Duques, encontramos a Igreja de S. Miguel do Castelo, séc. XII/XIII, de estilo românico. No topo da fachada principal encontramos a cruz templária, ou não tivesse sido aqui baptizado o Rei D. Afonso Henriques, que segundo a tradição também terá sido templário.

Depois da visita ao castelo, uma paragem para descanso.
Os últimos desenhos foram dedicados ao grande Mestre Fernando Távora. A primeira obra escolhida foi a Casa da Rua Nova, que afinal fica na Rua Egas Moniz (o texto abaixo explica a importância desta casa)



Fora do Centro Histórico existe outra obra-prima do Mestre, a Pousada Mosteiro de Guimarães. Trata-se da reabilitação e ampliação do antigo Mosteiro Agostiniano do século XII.
O caderno abriu-nos as portas - tivemos o privilégio de visitar todos os recantos, tudo obra de autor.
Só tive coragem de desenhar este recanto, que para mim representa a verdadeira essência do projeto - a simbiose entre o antigo e o novo e a forma sublime como foi conseguida.


Se o caderno abriu as portas, os desenhos garantiram o convite para um regresso mais prolongado.



Assim nos despedimos de Guimarães, com aquela sensação de que ficou tudo por ver.
Próxima paragem: Pontevedra.




sábado, 15 de setembro de 2018

Desenhar no Carmo com Paulo Mendes

Hoje, num extraordinário workshop orientado pelo Paulo Mendes.
Um belo momento de partilha, a comprovar uma vez mais que o desenho, aprende-se a desenhando.
 
 
 
 
 
Obrigado Paulo.
 
 
 

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Férias a Norte - Parte I

No dia 25 rumámos a Norte. Guimarães foi a primeira paragem.
O almoço foi na Cervejaria Martins, no Largo do Toural, um dos principais largos de Guimarães.
 
 
Apesar de hoje ser considerado o coração da cidade, por fazer a ligação entre o centro histórico e a "cidade nova", importa referir que no séc. XVII, este largo era um espaço extramuros, junto a uma das portas da muralha da Vila medieval. Por se tratar de uma das entradas principais da urbe, era utlizado para venda de gado. No final do séc. XVIII, início do séc. XIX, começa a urbanização de toda esta zona, que prevê a expansão da cidade. Hoje é difícil imaginar, mas este espaço já foi Jardim Público, com o habitual coreto. Desse tempo resta-nos apenas uma parte do gradeamento que demarcava o Jardim.
 
Ainda na esplanada do Restaurante, saboreando a vista, registei a Basílica de S. Pedro, cuja construção durou cerca de 150 anos (1737 - 1884).
 
Chega de esplanada, pois o Centro Histórico chama por nós, e não é um centro histórico qualquer, pois este é Património da UNESCO desde 2001 e Berço da Nação desde o séc. XII. Passando pela antiga porta de entrada da Vila, pela rua Dr. Avelino Germano, encontramos o Largo Condessa do Juncal com a Igreja da Misericórdia como pano de fundo.
 
 
 
Voltamos a caminhar, agora pela Rua D. Maria II que nos leva até ao famoso Largo da Oliveira onde encontramos o Padrão do Salado e a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira
 
 
Neste Largo, para além do Padrão, de esplanadas e turistas, ainda temos o Museu de Arte Primitiva Moderna, caracterizado pelos arcos góticos do piso térreo, que no fundo é um espaço permeável que permite a ligação entre o Largo da Oliveira e a Praça de São Tiago (2º desenho), cujo desenho actual é da autoria do Arq. Fernando Távora.
 
 
 
 

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Azenhas do Mar - desenhos esquecidos

20.08.2018
Casa Branca de Raúl Lino
 
Este ano voltámos a Azenhas do Mar e lá fui na minha peregrinação habitual até à casa do Raúl Lino (1879-1974). Gosto do passeio junto à arriba, do mar a bater nas rochas, das gaivotas que aparecem de repente em voo picado. Mas o que gosto mesmo é dos enquadramentos de aproximação à Casa Branca (1920), a casa de férias desenhada pelo e para Raúl Lino.
 
 
 


 
 
 
 

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Incêndio que destrói Museu Nacional - Rio de Janeiro

200 anos de história que desaparecem em segundos. Não é só a história do Brasil, é também a história portuguesa e mundial.

Desenganem-se aqueles que pensam que isto só pode acontecer em países como o Brasil, que está a atravessar um momento negro, com ausência de investimento em tudo, incluindo na cultura. Museus com falta de investimento público ao nível da conservação e segurança do edificado, é o que há mais pela Europa, começando por Portugal.

O que aconteceu no Brasil, pode acontecer em Portugal, basta visitar os museus com olhos de ver e logo percebemos o quão frágil se encontra um vasto e riquíssimo espólio, reunido com o esforço de muitos investigadores das mais variadas áreas e que materializa a complexa e rica história de um país. Desde a ausência de conservação de coberturas e de caixilharias, à obsolescência das infraestruturas como a renovação de ar, electricidade e segurança contra incêndios, muitos são os casos que podemos encontrar em território nacional. Novidade? Não. 


O património que se perdeu no Brasil, não é só brasileiro e nem tem "apenas" 200 anos. Apesar de ter muitas dúvidas, espero que este caso dramático sirva de exemplo.


https://3.bp.blogspot.com

http://www.museunacional.ufrj.br/dir/omuseu/omuseu.html



Durante o incêndio


https://noticias.r7.com


O que resta do Museu


https://www.publico.pt/

Recomendo a visualização deste vídeo






quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Berlengas - tarde

 

 

Almoçámos junto ao farol, num pátio desenhado pelas casas dos investigadores e dos vigilantes.


Do lado oposto existe outro pátio, aqui território dos faroleiros. Enquanto esperávamos pelo faroleiro Coutinho, aproveitei para fazer este registo.


Apesar do nevoeiro decidimos subir ao topo do farol. Foi uma decisão  muito acertada, tendo em conta a aula de História dada pelo Mestre Coutinho.


Para além da história da construção dos faróis e a evolução tecnológica que têm sofrido ao longo dos séculos, ainda nos contou alguns episódios sobre a vida dos faroleiros e suas famílias.


Depois da visita ao Farol , fomos conhecer esta bela construção - a Casa do Forno. Até ao 25 de abril a ilha alojava 8 famílias (7 faroleiros e um mestre). Este forno funcionava de dia e de noite e matou a fome a muita gente, mas também era um espaço de convívio e partilha.


A caminho do Forte, encontrámos esta planta endémica. A Lurdes explicou-nos que na Idade Média, devido ao seu odoro, foi utilizada como repelente para as pulgas.


Ao descermos até ao Forte S. João Baptista, somos deparados com uma paisagem digna de postal. A forma do Forte, a sua cor e textura, a contrastar com a cor do mar, deixam-nos sem fôlego.

Vários investigadores referem que em 1513 já existia nas Berlengas, no local do actual restaurante, um Mosteiro da Ordem de São Jerónimo, de apoio aos marinheiros. O seu abandono terá sido provocado pelos sucessivos ataques de piratas. Em 1651, D. João IV mandou edificar o Forte, tendo sido utilizados materiais do antigo mosteiro. Após ter perdido a sua função, ainda no século XIX, fica votado ao abandono servindo de apoio a pescadores. Já no século XX é transformado em Pousada que terá funcionado apenas até ao 25 de abril. Novamente o abandono, pelo menos até à apropriação do espaço por parte da Associação "Os amigos das Berlengas", que ainda hoje dinamiza o espaço.


O antigo refeitório da Pousada (desenho infra), é hoje um bar. 


Tudo o que é bom tem um fim - o último desenho antes da partida. No entanto, ainda houve tempo para uma visita às grutas.


Um dia inesquecível. Parabéns Berlengas, pelos 37 anos de Reserva Natural.

Publicação em destaque

Nota Biográfica

André Duarte Baptista, arquiteto, nasce em 1980 na cidade de Torres Vedras, onde reside e trabalha. Em 2013, obtém o grau mestre em arqui...