domingo, 29 de abril de 2018

Notícias do Brasil

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Artistas de Torres Vedras no Arte ao Centro no Brasil.
A partir do dia 18 de maio, Araraquara, São Carlos e Ribeirão Preto recebe os artistas portugueses António Bártolo, André Duarte Baptista, Olga Neves e Pedro Alves, numa série de atividades voltadas ao desenho, aquarela e ilustração. Em breve a programação estará disponível.

Mais informações em arte ao centro brasil
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Cidade de Araraquara recebe projeto Arte Ao Centro



Cidade de Araraquara recebe projeto Arte Ao Centro
No mês de maio, entre os dias 18 e 27, a cidade de Araraquara irá receber um coletivo de artistas para a realização do projeto “Arte Ao Centro”, uma iniciativa que envolve artistas de Portugal, da cidade de Torres Vedras, e brasileiros, de Araraquara, São Carlos e Ribeirão Preto.
A atividade é uma realização da Prefeitura Municipal de Araraquara, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Fundart, e Secretaria Municipal de Comunicação, e Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico, por meio da Coordenadora de Economia Solidária e Criativa, assim como da Câmara Municipal de Torres Vedras e do Sesc Araraquara, e tem como objetivo a produção de arte e troca de experiências entre artistas e comunidade.
Por meio do projeto, que tem curadoria do artista plástico Lauro Monteiro, a cidade irá receber cinco artistas, que irão oferecer oficinas gratuitas para na área de artes visuais, com foco na arte contemporânea, com a intenção de aproximar as diferentes culturas, promover um intercâmbio cultural e fomentar a arte como meio de inclusão social e construção da cidadania.
Para o prefeito Edinho Silva, é uma oportunidade de promover ações que contribuam com o desenvolvimento da cultura local. “A atividade traz para a cidade de Araraquara a chance de troca entre artistas. Isso fomenta a cultura local, permite a promoção das manifestações artísticas e a difusão da arte. Uma experiência rica para nossa cidade”, frisou o prefeito.
Entre os artistas estão António Bártolo, Pedro Alves, Olga Neves e André Baptista. Ilustradores e artistas plásticos, assim como Cátia Candeias, curadora do Bang Awards – Festival Internacional de Cinema de Animação, que será uma das atrações do projeto Arte ao Centro, com exibições de curtas de animações em escolas da Rede Municipal, numa parceria com Cine Campus – FCL/ Unesp Araraquara .
Durante o período do Arte ao Centro em Araraquara, será aberta uma exposição com trabalhos dos artistas de Portugal, na Casada Cultura. Espaços parceiros do projeto também irão expor trabalhos dos artistas, assim como sediarão atividades de formação.
Outra atração presente na programação do Arte ao Centro é o II Encontro Internacional de Desenho de Rua, realizado pelo coletivo Urban Skertchers Araraquara.
Além de atividades culturais, o Arte ao Centro irá abordar também a pauta da Economia Social e Solidária (ESS), com um seminário com caráter internacional, realizado pela Faculdade de Ciências e Letras – Unesp Araraquara. O evento contará com a presença do presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, e da vereadora das áreas do Desenvolvimento Social, Cultura, Patrimônio Cultural e Turismo, do Município de Torres Vedras, Ana Umbelino.
O evento conta com o apoio da Universidade de Araraquara (Uniara), e parceria dos espaços Arte 220 – Espaço Criativo, Atelier Lauro Monteiro, Fazenda do Pinhal (São Carlos) e Gris Ateliê.

Latitudes - Encontro USK PT - tarde

Depois do almoço no Muralhas, começou a chover. Dividimo-nos à procura de abrigos para desenhar.

Abriguei-me na Igreja de S. Pedro para desenhar a Igreja de S. Martinho.


Mais uns metros e um novo abrigo, um novo enquadramento. Confesso que de todos, este é o meu favorito. 

Um novo abrigo, um novo registo.


Às 17h "inaugurámos" a nossa exposição, na Casa da Música.


Apesar do cansaço e da chuva, decidimos ficar para a apresentação do José Paula (Marrocos) e do Grupo do Risco (Príncipe). Foi uma excelente decisão, valeu mesmo a pena.


A espera convidou a um último desenho. 

Para o ano há mais. Parabéns aos USK PT e à organização do festival de literatura. 



sábado, 28 de abril de 2018

Latitudes - Encontro USK PT

O 1º do dia, sentado na esplanada da Casa Música, onde se encontra a exposição de desenhos dos urban sketchers. Um desenho inacabado.



2º - Fugimos da rua principal em busca de recantos menos conhecidos. 


3º Uma tentativa de panorâmica. Perdi-me nas cores, mas faz parte - tentativa-e-erro.


4º Conferência com Marco Costa. Há alguns anos que sigo o trabalho do Marco. Tive a sorte de conhecê-lo num fim-de-semana de sketchers na Casa Amora, creio que em 2015, onde pude conhecer os seus cadernos tão singulares. A comunicação de hoje reforçou a minha admiração pelo seu trabalho. 


Os desenhos da tarde serão publicados em breve, mas posso adiantar que apesar da chuva (tarde), foi um dia bem preenchido e muito bem passado.

Fotografia de grupo da manhã.



sexta-feira, 27 de abril de 2018

Leonardo - o inventor

No passado dia 5 de abril fomos visitar a exposição do Leonardo Da Vinci, na Cordoaria Nacional. Aproveitámos para desenhar em equipa.
 
 
 
 
mas o Tomás foi a estrela com estes desenhos criativos. As engenhocas do Leonardo nunca mais serão as mesmas.
 
No final da tarde, uma paragem numa esplanada junto ao Cais do Sodré.
 
 

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Quinta das Fontainhas - nora de água


A limpeza de terrenos trouxe a descoberto uma nora antiga, existente na Quinta das Fontainhas, situada entre as Termas dos Cucos e o aqueduto de Torres Vedras.
 
O desenho abaixo apresenta parte da casa senhorial, ou o que resta dela. Do lado direito a estrutura que albergava a antiga nora.
 
 
 O desenho que se segue, tenta ilustrar parte da estrutura existente que incluindo o engenho.
 
Há poucos dias nada disto era visível, cheio de mato que tapava integralmente a estrutura.
 
Tudo indica que terá sido construída no séc. XVIII. Pelo que se sabe, é única no concelho.
Fica o registo, na esperança de um futuro mais risonho.
 
 

sexta-feira, 20 de abril de 2018

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Benjamim

Hoje a cidade de Torres Vedras ficou mais pobre, tendo perdido uma personalidade marcante da sua identidade - Benjamim.

Quem quisesse encontrá-lo, bastava ir até à Rua 9 de Abril e lá estava ele, acompanhado pelo trolley e pelos seus amigos pombos, aconchegado pelo seu "xaile" a ouvir a música que saía da sua telefonia. Aquela rua era a sua casa e sem ele nunca mais será a mesma...e nós também não. Descansa em paz Benjamim.



quinta-feira, 12 de abril de 2018

Física | 93º Aniversário

Parabéns Física |  Obrigado Física | Rumo aos 100

5 anos de gratidão. Se eu soubesse que era dia de aniversário, tinha caprichado mais no desenho. 







terça-feira, 10 de abril de 2018

Dia Nacional dos Moinhos | Parte da Tarde

Seguimos para Caixeiros, mais um moinho à nossa espera, um moinho e pão quente cosido no forno a lenha.



Enquanto conversavam e saboreavam as melhores merendeiras com chouriço (e não só) do mundo, eu aproveitei para saborear o sol que de repente interrompeu a chuva que caia copiosamente, acompanhado por mais um desenho. Já o desenhei muitas vezes, mas aparece sempre um novo detalhe.

Moinho e casa do pão (ilustração do autor). 


Foi construído em 1836, pertencendo à família do "João Capirote". Nasceu com o nome de Moinho da Várzea, devido ao local onde se encontra implantado - uma várzea. Muitos duvidaram da sanidade mental de quem o construiu - "Um moinho numa várzea?" - Sim, talvez tenha sido o único no concelho, mas a verdade é que ainda hoje funciona na perfeição. Visionário o Sr. Capirote. Rapidamente passou a ser conhecido pelo "Moinho do Capirote" e mais tarde "Moinho dos Caixeiros". Hoje, o moleiro é o Sérgio Alves, filho e neto de moleiro. Chegou a pensar que não seguiria com a profissão dos seus antepassados, já que apenas no ano de 2000 terá assumido o oficio de moleiro aos “comandos” deste moinho.

Fruto de uma parceria entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal, ao longo dos últimos 20 anos, conseguiu-se que esta freguesia mantivesse no seu território dois exemplares moinhos (vento e água) devidamente conservados, mas sobretudo "habitados". A azenha foi convertida em posto de turismo e centro interpretativo que conta a história do edifício e o ciclo do pão. O moinho dos Caixeiros foi recuperado e voltou a moer cereais, transformando-se num ponto turístico de referência, pelo valor patrimonial do moinho, mas também pela fama do "pão caseiro" que ali é feito.

Dos cerca de 200 moinhos e 20 azenhas com que o município de Torres Vedras conta, muitos encontram-se em ruína, ou em mau estado de conservação. Alguns foram convertidos em casas, alguns com soluções boas e muitos com soluções duvidosas e constrangedoras. A falta de sensibilidade e conhecimento das pessoas associada à falta de mão-de-obra qualificada e capacidade económica para as intervenções, contribuíram para um cenário crítico, colocando em risco este património cultural material e imaterial, um dos principais pilares da matriz identitária do território de Torres Vedras e de toda a zona Oeste. 
Ainda que lentamente, o cenário começa a inverter-se, mas é preciso fazer mais e para tal será necessário devolvê-los à estima pública. Para isso precisamos de voltar a olhar para eles, perceber o valor que representam, o valor cultural, social, turístico e económico, mas sobretudo o valor patrimonial, tanto na componente física como na componente social. Só podemos valorizar e cuidar aquilo que conhecemos.
O velho moinho tem resistido aos tempos, caminhando para os 200 anos, assente na sua história mas sempre a projectar-se no futuro.





Última paragem - Azenha de Santa Cruz, que dispensa apresentações, não só por ser bastante conhecida, mas sobretudo pela informação que pode (e deve) ser vista no núcleo expositivo. A chuva foi-se, veio o sol, em jeito de compensação aos "desenhadores-guerreiros" que lutaram contra moinhos de vento e que agora encontram o descanso dos justos junto ao moinho de água. É hora de saborear o sol, a brisa e a excelente vista que o mar nos oferece.  Aproveito para fazer esta panorâmica, um verdadeiro lugar-comum, mas foi o que saiu.






Para fechar com chave de ouro, um lanche oferecido pela Junta de freguesia da Silveira, que nos recebe sempre tão bem.


Seguiu-se a habitual foto de grupo com os últimos resistentes.


Os sorrisos falam por si, ficando bem claro que teremos de repetir a experiência. Hoje, os desenhadores foram verdadeiros "caçadores de memórias".

Obrigado a todos aqueles que contribuíram para o sucesso deste encontro e um agradecimento especial aos últimos "guardiães dos moinhos do nosso concelho". 

Mais fotografias e desenhos do evento em Oeste Sketchers

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Dia Nacional dos Moinhos | parte da manhã


Desafiei os Oeste Sketchers a comemorar o Dia Nacional dos Moinhos, com um encontro de desenho em Torres Vedras. Desafio aceite, roteiro desenhado: Bordinheira, Caixeiros e Azenha de Santa Cruz.

O primeiro desenho do dia, em jeito de aquecimento - paisagem marcada por moinhos tradicionais e industriais (energia eólica). 



 Junto à Estação de Serviço BP Casalinhos de Alfaiata.

10h e os desenhadores vão chegando. Algumas desistências devido à chuva, mas mesmo assim tivemos  22 participantes e duas estreias no grupo, a Susana Coelho, membro do grupo Évora Sketchers, e uma estreia absoluta no desenho, a Carla Inácio de Torres Vedras. O primeiro a chegar foi o Sr. Joaquim Constantino, mais conhecido por Quim, moleiro e nosso anfitrião. A sua casa fica junto ao moinho, cujo piso térreo acolhe a maquinaria necessária para poder ensacar a farinha. O quotidiano deste moleiro  divide-se essencialmente por estes três espaços. O seu patrão é o vento, pois é ele quem lhe dá ordens e sustento. A sua produção divide-se entre o artesanal e o industrial, mas o que não se divide é a qualidade da farinha - única e de excelência.  O Sr. Joaquim é a terceira geração de moleiros e tudo começou com o seu avô, ainda no séc. XIX, com o Moinho Frade, que actualmente pertence a uma prima. O seu pai continuou com a profissão e no ano de 1946 construiu o segundo moinho do Casal Moinho Frade, o agora conhecido "Moinho do Constantino".
 Sábado costuma ser um dia agitado e muito trabalho, desde a moagem, ao ensacar e também à distribuição, tudo feito pelo nosso anfitrião.  Mas a generosidade deste moleiro levou-o a reservar a manhã para nós.  Colocou as velas a jeito, mas não as soltou, devido ao mau tempo. Apenas para a fotografia... ou melhor, apenas para o desenho.

 



 

 




 




 




 



 

(Fotografias do autor)
A chuva demorou a chegar, até por que "ela anda ali mais para o lado da Freiria. Lá está negro, eles andam a rezar pouco", rematava assim o Sr. Joaquim com a sua risada que tão bem o caracteriza. Acreditei nele e fiz mais um desenho.



À direita o original Moinho do Constantino e à esquerda uma réplica feita pelo Sr. Joaquim.

Afinal não é só na Freiria que se reza pouco, na Bordinheira também. A chuva chegou, mas em forma de aguaceiros rápidos. Os moinhos e a moagem transformaram-se em abrigos. O óptimo estado de conservação em que se encontram, conferiram todo o conforto necessário para uma boa manhã de desenhos. As abertas foram aproveitadas por alguns. Outros transformaram a moagem num verdadeiro atelier, e ainda houve quem preferisse o automóvel.
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(Fotografias do autor)

E outros, como eu, aproveitaram para saber o que é "habitar" um moinho. Instalei-me no 3º piso, junto ao capelo. O som da chuva a bater no capelo é música para os ouvidos. A visão perde-se perante tantos pormenores - madeira, pedra, metal, cordas... Tanto para desenhar, tanto para conhecer e reter (nos cadernos e na memória).  Um lugar mágico por um lado, mas por outro leva-nos a imaginar a vida dura que os moleiros tinham.




Desenho feito no 3º piso do moinho Frade (ilustração do autor).


No final, lancei o desafio de deixarmos com o Sr. Joaquim uma lembrança que marcasse a nossa passagem. Pegar numa saca de farinha nova e personaliza-la com um desenho de cada desenhador. Aceite e superado.



(Fotografias do autor)


No momento da habitual partilha de desenhos, tivemos o privilégio de conhecer o moleiro mais antigo da freguesia da Ventosa, o Sr. Benedito Ferreira Carimbo, que este ano celebrará 90 anos de vida, quase toda ela dedicada aos moinhos. Nunca teve outra profissão, foi amor para a toda a vida e isso percebe-se no brilho dos olhos quando fala sobre os moinhos e os moleiros. Imaginem só as histórias que ele tem para contar. Combinámos um encontro, para conhecer o seu velhinho moinho do Cortiço, mas sobretudo para ouvir as histórias que tem para partilhar. 
O seu moinho, localizado em Bonabal, está abandonado desde a década de 1970, quando "uma espécie de tufão passou por lá e levou o capelo. Foi uma dor de alma, um dos dias mais tristes da minha vida, nem sabia o que fazer. Mas fiz-me ao caminho e construí uma pequena moagem e continuei a trabalhar até não poder mais. Hoje é o meu filho que segue com o negócio, mas o moinho nunca mais foi recuperado, continua lá em ruína, é uma tristeza. Mas custa muito dinheiro arranjar aquilo..." (Sr. Benedito)





Enquanto conversava com os Srs. Benedito e Joaquim, saíram uns registos para memória futura.

 
Foto de grupo na companhia dos moleiros que nos receberam de forma excepcional.

Publicação em destaque

Nota Biográfica

André Duarte Baptista, arquiteto, nasce em 1980 na cidade de Torres Vedras, onde reside e trabalha. Em 2013, obtém o grau mestre em arqui...