domingo, 21 de outubro de 2018

Adeus Carlos Cunha

Há cerca de um ano, fui aprender com o Carlos Cunha um pouco sobre a história da telegrafia em Portugal e o papel determinante que este sistema de comunicação teve nas Linhas de Torres. Enquanto assistia à forma apaixonada com que o Carlos falava sobre o sistema, decidi fazer este desenho.
Em menos de um ano, muita coisa aconteceu e aconteceu o pior - o falecimento do Carlos.
Enquanto torriense e amante da história do nosso concelho, aqui fica o meu muito obrigado por todos os anos dedicados ao conhecimento, defesa e promoção do nosso património.
Descanse em paz
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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

terça-feira, 9 de outubro de 2018

(a) Riscar o Património em Torres Vedras

O meu contributo
 
 
Foto com alguns dos participantes que passaram por Torres Vedras.
 
Este ano, apesar da organização, ainda consegui fazer uns rabiscos que partilho convosco.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Caminhada cultural

23 de setembro foi dia de caminhada cultural, em torno das memórias da água e do vinho, no âmbito das Jornadas Europeias do Património. O Encontro aconteceu no Museu Leonel Trindade. Dali seguimos para uma caminhada inesquecível. A primeira paragem foi o edifício onde outrora funcionaram os armazéns Abel Pereira da Fonseca. Chegamos ao Instituto da Vinha e do Vinho, deixando a Estação do Caminho de Ferro para trás. No IVV fomos recebidos pelo Engenheiro Pedro Belchior, que partilhou com o grupo o seu conhecimento sobre este instituto. Seguimos novamente caminho, passando pelo Aqueduto. A partir daqui o caminho foi feito junto ao rio Sizandro, rumo à antiga Estância Termal dos Cucos. Seguidamente, fizemos o antigo caminho que ligava as Termas até à Quinta da Macheia, cujo proprietário era o mesmo: Dias Neiva. O Caminho é ladeado por um muro de pedra arrumada à mão, mas com um acabamento que traduz a riqueza desta família e desta propriedade. Chegados à Quinta da Macheia, deparamo-nos com o óbvio - a ruína toma conta de um conjunto edificado com valor patrimonial que justificava um melhor tratamento. Infelizmente a conservação de património cultural (privado) não se faz por Decreto. Voltámos ao caminho, passando pelo apeadeiro da Macheia, uma peça arquitectónica surpreendentemente bem desenhada e construída, tendo como objetivo servir a família Dias Neiva.
Mais uns passos (muitos), chegámos à Quinta da Portucheira, onde fomos muito bem recebidos pela família Galatinho, que para além de nos dar a conhecer os seus vinhos, teve a generosidade de nos mostrar o património edificado, composto por várias casas, adegas, armazéns e capela, que retratam a evolução da Quinta e da família. Aqui encontrámos o oposto da Macheia - a terra cultivada, as casas habitadas, património conservado, património com vida. Temos um passado, mas temos sobretudo o futuro, alicerçado num presente sustentável.
Regressámos à cidade, tendo oportunidade de passar pelas Azenhas da Boiaca e do Cabaço. A última paragem foi o Chafariz dos Canos.
Mais uma excelente organização do ATV, da Associação de Defesa do Património, Museu Leonel Trindade, Câmara Municipal de Torres Vedras e Forum Associações.
Parabéns.





segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Lisboa Oriental, o contributo possível

Ainda não foi desta que consegui juntar-me ao grupo. Desta vez tive que desenhar sozinho. A vantagem é acabo por conseguir desenhar mais. A desvantagem é que nunca sigo o roteiro predefinido. Saio com um destino e acabo por perder-me nos recantos mais imprevistos, menos conhecidos. Desde uma antiga azinhaga que recorda uma Lisboa rural, acabando num antigo pátio industrial - O Pátio da Quintinha, onde passei boa parte do tempo a conversar com duas simpáticas moradoras que ali nasceram. Os seus pais vieram do norte para trabalhar nas fábricas e por ali ficaram até à morte. Elas também querem morrer aqui, mas receiam ser expulsas. Sabem que as rendas são baixas, mas as casas não têm condições mínimas de habitabilidade. Mas mantém o seu encanto, mas que não seja o lado pitoresco das casas, dos canteiros, dos anexos que se sobrepõe uns aos outros, dos cabos eléctricos e as antenas que quase tapam as casas, das ampliações que vão estreitando cada vez mais o espaço. O interior do pátio faz-nos esquecer que estamos em Lisboa. Não desenhei nada (ou quase nada) do que tinha previsto, mas trago comigo as histórias que estas duas senhoras me contaram. Como era bonito o pátio, as casas pintadas, os tanques da roupa, os canteiros cheios de flores, a horta e as crianças a brincar.



                           


                          

Publicação em destaque

Nota Biográfica

André Duarte Baptista, arquiteto, nasce em 1980 na cidade de Torres Vedras, onde reside e trabalha. Em 2013, obtém o grau mestre em arqui...