quarta-feira, 27 de junho de 2018

Caderno de Viagem Brasil 2018 - dia X


27.05.2018   Último dia de trabalho no Brasil
 
Acordei cedo e fui conhecer melhor a cidade, sozinho sem roteiro. A primeira paragem foi a Catedral de S. Sebastião, localizada na Praça Bandeirantes. Quando o sol beija o tijolo cerâmico à vista, cria uma harmonia cromática extraordinária, em articulação com o verde das árvores e o azul do céu.
 
 
De seguida encontrei mais um palacete que parece ameaçado pela selva de arranha-céus que o vai envolvendo.
 
 
Às 10h iniciei o segundo workshop, que se realizou na Casa da memória Italiana (1925). Foi um regresso, pois já aqui tina estado em 2016.
1º exercício - "desenhar ao contrário" - primeiro a mancha e depois a linha.
 
 
Fomos almoçar e não faltou a polenta e o feijão troupeiro.
 
Depois do almoço dirigimo-nos à Praça Bandeirantes, a tal da igreja que tinha estado a desenhar  de manhã bem cedo. O desenho que se segue foi a demonstração do exercício - A praça e o seu entorno.
 
 
Ainda durante o workshop, mais uma (ou duas) demonstração.
 
 
Depois do Workshop seguimos para um Drink & Draw na choperia mais famosa do Brasil - O Pinguim.
 
   
 
Às 19h seguimos para o Teatro D. Pedro II, construído entre os anos de 1928-30, da autoria do arquiteto Hippolyto Gustavo Pujol Júnior. Este teatro foi projetado para ópera, mas o que nos levou ali naquele dia foi uma cantora natural de Ribeirão Preto que anda a fazer sucesso pelo mundo inteiro - Verônica Ferriani. Uma voz incrível e uma presença de palco inigualável . Ainda comecei a desenhar, mas como chegamos em cima do show, o desenho ficou inacabado. Espero que seja um sinal -o regresso.
 
 
 
 
E assim terminavam os trabalho no Brasil. o dia seguinte foi de viagem de regresso. Não querendo ser repetitivo, volto a endereçar um forte abraço a todos aqueles que contribuíram para a realização deste intercâmbio, às pessoas que nos receberam e aos meus companheiros de viagem. São muitas pessoas e não querendo correr riscos de me esquecer de alguém, destacaria apenas um nome, o principal responsável por tudo isto - Lauro Monteiro Filho. 
 
 
Na bagagem, para além dos dois cadernos repletos de desenhos, das centenas de fotografias, das trocas de experiências, das horas de trabalho, dos amigos, das horas de convívio e das paisagens magníficas, trago sobretudo a certeza de que estamos a fazer a diferença.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Caderno de Viagem Brasil 2018 - Dia IX

26.10.2018  Ribeirão Preto

O Encontro de desenho na Fazenda do Pinhal terminou perto da Hora de almoço. Mal que nos despedimos de todos os participantes, faço-me à estrada com o Lauro, rumo a outra cidade - Ribeirão Preto. Nas estradas o ambiente tenso da falta de combustível. Filas e filas nas estações de serviço. 

Chegámos a Ribeirão, mas não houve tempo para descansar, pois tinha um workshop para dar no SESC.  

Entre as esperas e os trajectos (SESC - Praça Rio Branco), ainda houve tempo para uns registos rápidos. As cores, essas vieram mais tarde.

À esquerda um boteco de beira de estrada. À dir. umas pequenas e tradicionais casas, que foram transformadas em espaços comerciais. 
Um dos palacetes abandonados e em elevado estado de degradação. Foi adquirido recentemente. Esperemos que seja recuperado em breve.
Durante o workshop, com um grupo tão disciplinado, ainda tive tempo para desenhar.
Aproveito para agradecer ao Domingos Guimarães, arquiteto, professor e coordenador do grupo Urban sketchers Ribeirão Preto. Foi ele que me convidou e quem organizou estes workshops no SESC.
A viagem está a terminar. Amanhã partilho os últimos desenhos antes de voltar a Portugal.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Caderno de Viagem Brasil 2018 - dia IX

26.06.2018 Último dia na Fazenda do Pinhal

Foi dia de encontro de desenho na Fazenda. Com aquele sentimento que tinha ficado tanta coisa por desenhar, madruguei, mas o calor levou-me para o interior da casa. Ainda bem, pois ainda não lhe tinha dedicado o tempo merecido.

O primeiro desenho foi o da Capela integrada na casa. Junto à capela ficam as alcovas, o local onde dormiam os bandeirantes.



Passei para a cozinha, atraído pelo aroma que já se fazia sentir - estavam a preparar a receção aos participantes do encontro. Ainda no interior, tinha que desenhar a melhor sala de refeições que já vi. Para além da beleza do espaço interior, destaco o enquadramento deste grande vão aberto para o pomar, onde se veem os raios de sol a penetrar por entre a copa das árvores, onde se vêm os macacos e os tucanos, tudo isto ao som da água que corre pelas canaletas. 


O meu último desenho na Fazenda, durante o encontro. Depois de recebermos os participante e de lançarmos o desafio, ainda houve tempo para registar este "cantinho" - o local onde termina a canaleta adaptada a pedido da condessa - introdução de degraus que tinha objetivos terapêuticos. Todos os dias a condessa caminhava por estas canaletas com degraus, por onde corre água fresca - ideal para garantir um melhor sistema circulatório do sangue e combater a artrite. Dizem que foi este o segredo da longevidade da condessa - faleceu com 103 anos.

Escusado será dizer que este desenho foi feito com os pés bem molhados, depois de experimentar o sistema na primeira pessoa. Se chegar até aos 100 anos, já sabem a razão...



E assim me despeço de um local fascinante, pela beleza natural e dos edifícios, mas sobretudo pelas pessoas que me receberam tão bem. Obrigado por terem aberto esta exceção de abrir as portas a um estranho

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Desenhar a feira de são Pedro

No passado sábado, no final do dia do encontro nacional de aguarelas, fomos até à Feira de S. Pedro, no casal de S. Pedro, onde fomos muito bem recebidos.
"O Casal de São Pedro, em Dois Portos, foi palco de uma recriação histórica da primeira feira de Torres Vedras. A Feira do Casal de São Pedro decorreu ao longo deste sábado, 16 de Junho, e assinalou os 725 anos daquela que é considerada a primeira feira de Torres Vedras e que está na génese da Feira de São Pedro." (https://torresvedrasweb.pt)

1º desenho, enquanto os outros participantes jantavam fui apanhando alguns elementos singulares. A cor foi dada em casa.


No final da tarde/noite ainda houve coragem para desenhar a Taberna do Brandão. Um desenho atribulado, devido à interação com os turistas e os locais.




quarta-feira, 20 de junho de 2018

Ainda o 1º Encontro Nacional de Aguarelas

1º dia do Encontro

Na 6ª feira, durante a hora do almoço, fiz uma "visita de médico" à Quinta da Viscondessa. Para além das fotos, ainda saíram uns registos rápidos.








sábado, 16 de junho de 2018

Encontro Nacional de Aguarelas

No âmbito da Cidade Europeia do Vinha (Torres Vedras e Alenquer), O Município de Torres Vedras e a AAPOR organizaram o 1º Encontro Nacional de Aguarelas. Juntei-me ao grupo para fazer a reportagem gráfica.
 
1ª Paragem - Quinta de Carmões, onde fomos recebidos pelo anfitrião, o Eng. João Melícias, que nos explicou a história da Quinta, onde a produção de vinho prevalece há 3 gerações.
 
 
 
 
A Casa do nosso anfitrião, uma bela peça de arquitectura.
 
 
 
A Tarde foi dedicada à Adega Cooperativa de Dois Portos
 
 
 
Amanhã há mais
 

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Caderno de Viagem Brasil 2018 - Dia VIII

25.05.2018

Na caminhada matinal habitual, desço pelos terreiro e encontro estas construções de apoio à agricultura. 



Tinha que regressar à Colónia, sobretudo depois de saber que é que vive o Sr. João, o "guardião da Tulha".
E claro, à Tulha
Depois do almoço voltei à tulha, tinha de explorar o interior. Desta vez passei a maior parte do tempo com vídeo e fotos. É um local incrível. Mas ainda houve tempo para este desenho.
Ao final da tarde a regressar a casa, deparo-me com este enquadramento. Não me apeteceu abrir a mochila para tirar as aguarelas. Ficou mesmo assim a preto e branco como eu gosto.
Depois de um dia cansativo (andar e desenhar também cansa), nada melhor que a sombra de um caramanchão, sobretudo quando se encontra implantado num jardim como este, onde a água tem uma forte presença, já que o sistema de canaletas encaminha a água da nascente a té este tanque.


Publicação em destaque

Nota Biográfica

André Duarte Baptista, arquiteto, nasce em 1980 na cidade de Torres Vedras, onde reside e trabalha. Em 2013, obtém o grau mestre em arqui...