O sol nasce todos os dias às 5h, e por essa razão, o quotidiano dos natalenses também começa cedo.
A agenda de hoje indica uma reunião de trabalho com o IPHAN, às 8h. A sede do IPHAN fica no bairro da Ribeira, na ponta oposta da de onde nos encontramos instalados - Ponta Negra. Ao sairmos do hotel, depravamo-nos sempre com os buggys à espera dos turistas, que dali partiam à procura da aventura nas dunas das extensas praias de Natal. Os branquelas (como eu), saíam de manhã, brancos como a cal e ao final do dia chegavam vermelhos como lagostas. Eu não tive esse problema, pois à nossa espera estava sempre um motorista da UBER ou os nossos anfitriões, que nos levavam até aos nossos compromissos.
Não eram só os buggys que nos faziam pensar nas praias e no lazer. Para cada lado que fossemos, tínhamos de percorrer a marginal junto às praias. E o cenário era este…
Outra presença constante - Torres e mais torres, que denunciavam as assimetrias sociais.
Ao chegar à Ribeira, vamos encontrando algumas peças de arquitectura que se destacam na paisagem.
Algumas delas, apesar de mal tratadas, escondem um enorme potencial. Falta alguém que lhes devolva a dignidade roubada pela incúria dos proprietários.
O almoço teve lugar na Cidade Alta, mais precisamente no Bar do Zé Reeira, um dos mais castiços botecos de Natal.
A conversa estava ótima, assim como a comida, mas o dever chamava por nós. Próxima paragem - Forte do Reis Magos.
Pelo caminho, mas praias…
Mas também o outro lado da moeda de uma sociedade de contrastes… Sem-abrigos a viver debaixo das pontes.
Ao chegar ao Forte dos Reis Magos, encontramos os vendedores ambulantes que se queixaram da quebra de vendas, que começou com as obras do forte e consequente afastamento dos turistas e numa segunda fase com a suspensão das obras. Esta indefinição transmite-lhes insegurança, num futuro que por si só já costuma ser negro.
A caminho do Forte, podemos apreciar o imenso mangue.
e jovens pescadores a tentar a sorte…
e a ponte nova que foi feita para deixar passar cruzeiros, mas que afinal não deixa passar todos quantos era previsto…
O contraste entre o natural e o construído…
Eis que chegamos à porta do Forte, onde nos esperava o Engº Alcio Costa, responsável pela obra, que nos fez uma visita guiada, dando-nos a conhecer todos os pormenores desta grande empreitada.
A coruja residente…
Depois de uma extraordinária visita, temos de regressar, levando connosco este cenário na memória.
Adorei o diário de viagem. E isso deve ser mesmo calmo não é fácil uma coruja à janela e durante o dia
ResponderEliminarMuito interessante, excelente reportagem.
ResponderEliminarTu és incansável!! Que reportagem exaustiva!
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