Antigo Convento de Penafirme - Torres Vedras
Pode desenho transformar algo tradicionalmente feio, em algo belo?
Claro que sim, quando me falam destas questões, lembro-me sempre de um dos autores que me levaram a cultivar o gosto pelo desenho: Piranesi (Itália - 1720-1778). Os seus desenhos de ruínas são de uma beleza inigualável. A beleza dos seus desenhos tiveram a capacidade de despertar a humanidade para a inventariação e slavaguarda do património. Os seus desenhos são poéticos e são a prova provada de que é possível transformar o feio em belo.
Falar de Piranesi e depoi partilhar um desenho meu é talvez das coisas mais estúpida que tenha feito, mas gostava de partilhar convosco o porquê de eu gostar de ruínas.
São belas, pelas marcas do tempo e do homem. São belas pela forma como se relacionam com a envolvente. São belas pela forma como se desmoronam e vão-se fundindo com o solo. São belos rasgos de luz que nelas penetram. São belas porque são portadoras da nossa história e identidade.
São feias, porque na maioria dos casos são o reflexo da não existencia de mecanismos (dinheiro e vontade) que possam conservar estes edifícios.
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